terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Avanço dos prédios em São Paulo poupa apenas antigas chaminés

Avanço dos prédios em São Paulo poupa apenas antigas chaminés
VANESSA CORREA - COLABORAÇÃO PARA A FOLHA - 23/01/2011

Manter de pé apenas as chaminés de antigas fábricas de São Paulo tem sido a estratégia das construtoras para conseguir a liberação dos órgãos do patrimônio histórico e, assim, ocupar os grandes terrenos do município com condomínios residenciais.

Na maioria dos casos, os galpões ao redor das chaminés, também com seu valor histórico, acabam no chão.

Especialista em patrimônio criticam a solução e veem na valorização dos antigos bairros industriais, como Mooca, na zona leste, e Lapa, na zona oeste, uma ameaça à preservação histórica do processo de industrialização.

Um empreendimento residencial de classe média, o Luzes da Mooca, cercará, com quatro torres de apartamentos, uma chaminé da antiga fábrica de açúcar União. Os galpões foram demolidos.

Na mesma rua, a Borges de Figueiredo, os galpões das antigas indústrias Duchen, Francisco Matarazzo e Fiat Lux foram parcialmente demolidos. A construtora Agre quer prédios residenciais ali.


Chaminés na av. Francisco Matarazzo, em SP; valorização de terrenos leva ao chão antigos parques industriais
Mateus Bruxel/Folhapress

Em dezembro, a Agre apresentou ao Conpresp, o órgão do patrimônio municipal, um projeto para construir um condomínio no local, com a preservação só da chaminé.

Enquanto o Departamento do Patrimônio Histórico, que emite pareceres técnicos para o Conpresp, elaborava o texto a fim de pedir o tombamento, parte dos galpões foi demolida. Rapidamente o DPH abriu processo de tombamento, o que garantiu a proteção da parte que restou.

O DPH, então, concluiu o estudo e pediu o tombamento das estruturas com face para a linha de trem da CPTM que passa atrás do terreno.

O pedido, pronto em 2007, nunca chegou, no entanto, a ser votado pelo Conpresp.

A Agre afirma que pretende preservar tudo o que o órgão municipal determinar.

O caso lembra o da Casa das Caldeiras, na avenida Francisco Matarazzo, na zona oeste, que foi demolida enquanto o Conpresp estudava o tombamento do imóvel, concluído em 1986.

Restaram duas chaminés e a casa de caldeiras. Os antigos galpões foram demolidos para dar lugar a prédios.

Para Nádia Somekh, arquiteta, professora do Mackenzie e conselheira do Conpresp, "preservar só um pedaço, como a chaminé, é um paliativo. É muito pouco."

Segundo Angela Rosch Rodrigues, arquiteta e mestranda da FAU-USP, existe no país certa dificuldade de se reconhecer o valor cultural de bens recentes, como o patrimônio industrial.

Regina Monteiro, idealizadora da Lei Cidade Limpa e diretora de paisagem urbana da prefeitura, cita como opção para a preservação a reciclagem do uso, como ocorreu com o Sesc Pompeia, instalado em uma antiga indústria.

Também em outras cidades paulistas há casos de preservação só das chaminés.

Em São Caetano do Sul, a prefeitura já autorizou a demolição das antigas Indústrias Francisco Matarazzo. Há um pedido de tombamento apenas das chaminés.


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/864658-avanco-dos-predios-em-sao-paulo-poupa-apenas-antigas-chamines.shtml

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Congresso Internacional de Arqueologia Moderna - Velhos e Novos Mundos

International Congress of Early Modern Archaeology - Old and New Worlds
Lisboa, 6 a 9 de Abril de 2011
Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Temas:
- Cidades: urbanismo, arquitectura e quotidianos
- Fortificações, espaços de guerra e armamento
- Edifícios religiosos e práticas funerárias
- Paisagens marítimas, navios e vida a bordo
- Espaço rural: paisagens e meios de produção
- Cerâmicas: produção, comércio e consumo

Submissão das propostas de comunicação/poster:
As inscrições são gratuitas e devem ser remetidas até 31 de Janeiro de 2011, acompanhadas dos seguintes dados:
- Nome
- Morada
- Telefone
- E-mail
- Profissão
- Instituição

- Título da comunicação/poster
- Resumo da comunicação/poster (até 300 palavras)
- Nota curricular (até 300 palavras)

Call for papers - 31 Janeiro 2011 - 31 January 2011

Remeter as inscrições para:
coloquios.cham@fcsh.unl.pt

CHAM - Avenida de Berna, 26 C, 1069-061 Lisboa,
Gabinete 2.19 - Edifício DRM
Tel: 00 351 217972151
Fax: 00 351 217908308

Organização:
CHAM – Centro de História de Além-Mar, FCSH-UNL e UAç

Para mais informações:
www.cham.fcsh.unl.pt/congressointernacionalarqueologiamoderna.html

III Fórum Luso-Brasileiro da Arqueologia Urbana

Chamada para Sessões Temáticas

Tema

Arqueologia a Serviço das Cidades
30 e 31 de março, 01 de abril de 2011
Campus da Universidade Federal de Pernambuco


A comissão organizadora do III Fórum Luso-Brasileiro de Arqueologia Urbana abre inscrições para propostas de sessões temáticas, a serem realizadas nas tardes dos três dias do evento. Cada sessão terá duração de duas (2) horas, ficando, o proponente, responsável pela coordenação e organização (número palestrantes, divisão do tempo, formato e outros).

Os temas passíveis de serem tratados devem estar incluídos nos campos de:
- relação da cidade contemporânea e a cidade arqueológic
- planejamento urbano e aproveitamento econômico de áreas arqueológicas
- programas amplos ou projetos específicos em arqueologia urbana, no âmbito de centros históricos;
- legislação de proteção e de gerenciamento e sua real aplicação em intervenções nos centros históricos;
- musealização de estruturas e sítios urbanos

Na proposta da sessão temática deverá constar necessariamente:
- Título;
- Nome do(s) coordenador(es);
- Resumo de até 300 palavras;
- Três palavras chaves;

Lista preliminar de palestrantes (com títulos dos trabalhos a serem apresentados, caso disponível) Lista de equipamentos necessários (projetor de dados, retro-projetor e etc.)

Prazo para entrega das propostas: 31 de janeiro de 2011

Divulgação das sessões aceitas: 07 de fevereiro de 2011

Enviar propostas para: faur3recife@gmail.com

Instamos aos arqueólogos que trabalham com cidades apresentarem suas propostas para podermos atualizar o diálogo acerca dos princípios e das circunstâncias específicas da prática arqueológica em âmbito urbano.